Atrás do horizonte: as invisibilidades. Se a palavra sucumbe no ofício de fazer um arco-íris, fim da aliança. Mas Deus escreve com begônias uma história de sentidos. Nem todas as flores se prestam a este oficio. Escrever é invocação e exorcismo. Cabe ao corpo, essa transubstanciação do barro, ceder. Imerso n'água, procura sua gênesis. E cede...cede...cede. Quando rio transborda, alarga as margens. Tudo que ela vê de si : lama. No altar, um homem ergue suas mãos em gesto eucarístico. No papel, um homem declina sua cabeça em atitude de reverência. Diante de seus olhos a certeza de que ali haverá milagres.Tomai e comei. A palavra pode redimir um homem?
Escuta, ... quando Deus criou o homem...flor de Lótus.
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Cecília Braga
2 comentários:
"No papel, um homem declina sua cabeça em atitude de reverência"
... e na tela? o que ele faz??
:P
amei te ler de novo...
As invisibilidades sempre me provocam um certo comichão...rs
Mais um texto lindo.
Adoro quando você volta.
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