terça-feira, outubro 27, 2015

Deus-queira.



Assim: sentava, com o espírito irrequieto lhe pesando nos braços, e tentava reger a vida com a inquietação dos pés. Três pensamentos, um suspiro engolfando gritos. O dedo anelar deslizando ao som dos seus desejos, sobre esse universo que se expande sob a sua pele. De-va-gar. Divagando realinhar a posição das estrelas, planetas e lua e mantê-los ali, alinhavados um-a-um sob estas horas escuras do dia, só pra ascender aos olhos a esperança. E mantê-la aquecida, ainda que seja pelo atrito das mãos da angústia procurando um lugar para aquietar-se no peito. Depois, sorri. Às vezes, a gente teima em desalinhar os chakras, pra se alinhar com o outro. E traz para si o Arcano XVIII: A lua. Sob sua luz, rememora ponto-a-ponto, em ponto cruz, suas escolhas. Cerzindo passado e futuro. Decide. Seus passos, movimento, a roda, o destino: em direção ao centro. 
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Cecília Braga 

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