quinta-feira, dezembro 28, 2006

Aquário


O meu elemento é o Ar.O Sol transitava em Aquário quando nasci, disso herdei intuição elétrica, insight. Raio que de tempos em tempos rasga o céu...claridade. E não sei caber em esquemas.Gosto de revirar tudo pelo avesso, gosto do incomum e do improviso.Liberdade para ser, estar, pensar, fazer, sentir e expandir-se. Tenho paixão pelo movimento, pela mudança, pelo que se renova. Dança do universo, girar no ar, liberdade que gera afinidade com o fraterno, com o espiritual.


E gosto de símbolos...esse aguadeiro, esse anjo que derrama fluídos sobre o universo...essa representação aquariana de generosidade, dos idéais e das verdades derramadas sobre os homens como repotencializador e aproximação com o divino. Expressão das portas abertas. Clariciana que sou: "eu te recebo de pés descalços: esta é minha humildade e essa nudez de pés é minha ousadia".


O Sol é Apolo, Deus da Luz e dos Oráculos, que tudo vê e tudo mostra. Só sei me relacionar assim, onde há sol...tudo sempre esclarecido. Em Apolo, Katharsios - purificação, e Akesius-cura.


Meu planeta é Urano, e ele rege a casa IX do meu mapa astral, a casa do refino, da filosofia e da religião. Na mitologia Urano é o próprio céu. E é ele que desponta meu lado idealista, fraternal e criativo.Quando ele me rege sou sinalizador, ponto luminoso no ceú, estrela que orienta caminhos.Mas, quando dele me esquivo perco rumo, não acho mais nem sequer sentido.


Vivo a romper fronteiras, é que na casa IX também habita Júpiter e todo seu poder, autoridade, sabedoria e razão. Onde está Júpiter está o ponto de expansão da minha alma. Na mitologia é o pai dos deuses e dos homens. Aquele que, depois de longas batalhas, estabeleceu e manteve a harmonia das coisas. Quando me harmoniza sei ser sem me impor e torna-se fácil lembrar que a sabedoria transcende os conceitos e os preconceitos.


Vem de Peixes ascendentemente minha sensibilidade do olhar...e sua direção para o que flui. E por isso nada se apresenta simples ao meu ver...porque tudo é múltiplo. E sei colocar a alma em cada pequena coisa porque quero cada coisa encantada. Quero vê-la com poesia. É que, além de ter Peixes ascendendo na linha do horizonte quando eu nasci, tenho a Lua e Netuno na casa X, casa do aperfeiçoamento, da profissão e aprimoramento.


A Lua, modelo das necessidades emocionais mais profundas e da capacidade de reflexão. Aquilo que se gesta, na escuridão, que se esconde...para aparecer no tempo certo: novo, cheio, crescente ou minguante. Aquilo que se sonha. E que espera o tempo certo de nascer... E se esqueço de olhar para ela quando chega a noite na minha alma, ansiedade toma conta de mim e a inconstância me embala. Mas se olho pra ela...teimo a sonhar e me encanto. E remexida assim como as marés, vou buscar o que desejo. Porque também Netuno me dá essa fé que remove montanhas. Quero o êxtase. Rege Netuno o meu ascendente: peixes. Deus dos Mares. Vive em região submarina Aigai, onde nada o pertuba e de lá sabe tudo que acontece na superfície... É essa intuição que me guia, me inquieta. E daí emana minha calma...interior. Confio na força maior que mantém tudo. E sei sacralizar encontros. É com Santa Tereza de Ávila que me lanço e também com ela lhes convido " a se arriscarem sobre o oceano do nada para atingir o continente do tudo. Sopro amoroso do divino nas velas". Quando me afasto daquilo que liga o meu nada ao tudo: mar revolto...confusão, ilusão e vazio que nada preenche.


Esse inferno é também presença de Plutão na casa VIII, lugar de transformação, perdas e heranças: meu casulo. Aqui minha alma encontra a oportunidade de morrer para o que é inferior. Descer ao meu inferno, enfrentar meus medos, exorcizar meus demônios e curar minhas feridas. Quero deixar de ser estranha a mim mesma. E confesso que tem sido muito interessante me conhecer. Plutão também hospeda Marte e Saturno. De Marte eclode a energia que coloco em tudo e a força para voltar a superfície da terra...transformada. Se abrir mão de Marte, deixá-lo de lado: vem à tona o pior de mim e a energia se dissipa e não consigo realizar nem as menores coisas. Sou toda um planeta vermelho, sem vida. É Saturno, como figura mitologica do próprio tempo que tudo consome .... que me limita. E me dando aquilo que não quero ter: limites; Me dá o alicerce sem que qual nada se constrói. É que também necessito ser prática. E racional.


Mercúrio na casa XII, casa de doação, sacro-ofício e caridade. Ele quem me une à palavra, à compreensão. Deus da comunicação e da eloquência, mensageiro de Zeus para os mortais. Mas, é preciso cuidado. Um desvio e...superficialidade, mentira, engano. Quero da palavra o que une e integra. E aquariana com ascendente em peixes não sobrevive na superfície. Quero o que há de profundo, abissal. É de mercúrio meu senso de humor, minhas brincadeiras e minha alegria.

Vênus, amorosamente transborda na casa XI, casa da liberdade, dos amigos e das potencialidades. Sensibilidade mora aqui. O Sentido do belo e do Afeto compartilham a mesma cama. Vênus que me ensina a arte do amor, a pintar com delicadeza e suavidade, com beleza. Essa casa tem como quintal o infinito... e é aqui que sempre venho brincar.

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Cecília Braga

Um comentário:

Pri disse...

Eu tenho bons amigos aquarianos =) Ótimo mapa astral o seu^^

Desculpe a invasão!
Beijos.