domingo, dezembro 17, 2006

Despossuir

Nesses dias têm me vindo à mente
essas coisas que o tempo leva
sem nos darmos conta
não que não façam falta
- porque fazem
mas porque existe algo na vida
que é um despossuir
um constante arrancar de nós,
um rasgão no peito que não termina
que dói em silêncio
que grita e ecoa
na consciência daquilo que se foi.
Tomas Barth


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Os dias professando sobre o aprender,
A transitoriedade de tudo na vida e da vida testemunhando sobre o desapegar-se.
E o Domingo recolhendo as dores, as cores e os rumores da semana.
Recolhi os ecos dos meus dias, os gritos do desapego.
Tenho acolhido com dor e alegria, suor e sangue, lágrimas e esperanças
tudo que a vida quer me ensinar
Porque sou ávida por aprender
mas tenho tanto amor...que quase sempre me falta a razão.
E só sei usar cores intensas.
Desenho o meu domingo-outono...certas folhas caem, secas e mortas.
Minha consciência evoca saudade. Esse vento frio leva...lava...chuva de outono, choro.
Terra molhada...entre o marrom-escuro das folhas mortas,molhadas...há o verde. Broto, vida. Adubo.Vida Nova...solo fértil.Enfim, Cipreste.
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Cecília Braga

2 comentários:

Elenita Rodrigues disse...

Despossuir? =)

Obrigada, meu amor, por me dar a metáfora de que eu precisava....

Muita paz!
Um grande bjo.

Anônimo disse...

Cecília, como já havia comentado, é uma honra estar no seu blog, entre tantas citações e poemas tão bonitos, entre tanta coisa valiosa. Obrigado, mais uma vez!

Beijos,
Tomas