sábado, dezembro 23, 2006

Free Hug


Ato de abraçar reduz estresse e pode prolongar a vida
Por Claudia Ferraz


São Paulo (AE) - A sensação na pele quando somos abraçados passa emoção e aconchego para todo o corpo. Primeiro, o toque sensibiliza todas as células e provoca um arrepio. Depois, quando os braços da outra pessoa nos envolvem, com um pequeno aperto, o sentimento se multiplica e transmite alívio para a cabeça e para o coração.

Um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, publicado no "Psychosomatic Medicine", mostrou que o contato físico, como um abraço, pode aumentar a longevidade. As descobertas sugerem que uma relação forte e duradoura pode proteger contra futuras doenças cardiovasculares, além de fazer bem para a saúde em geral.

O motivo é que ficar em contato com um parceiro diminui a pressão sangüínea e o batimento cardíaco. Uma das pesquisadoras, a psiquiatra Karen Grewen, comprovou que os níveis de cortisol e de norepinefrina, hormônios do estresse, foram reduzidos após um abraço. Além disso, o nível de oxitocina, um importante hormônio ligado à fidelidade, aumentou.

Na pesquisa, 28 casais, de 20 a 49 anos, que se relacionavam havia pelo menos um ano, conversaram sobre os momentos felizes. Depois, assistiram a um filme romântico e, alguns minutos mais tarde, se abraçaram.

Segundo o psicoterapeuta do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Eduardo Ferreira Santos, o aumento de oxitocina depois de um abraço chama a atenção. Ele conta que trabalhos recentes mostraram, em animais, que o hormônio é responsável pela manutenção estável de um casal. "A injeção de oxitocina em ratos mostrou que eles ficaram por mais tempo juntos à prole, depois do nascimento dos filhotes. Em geral, os machos abandonam a família."

Santos explica, contudo, que não se pode afirmar que quem se abraça mais será mais fiel. A ação do hormônio gera, entretanto, um impulso e um desejo de cuidar. Assim, para quem abraça ou para quem é abraçado, a afetividade aumenta e traz bem-estar. Intuitivamente o abraço remete ao período em que se é bebê, acrescenta Santos, e os adultos perderam o costume de abraçar. "Geralmente é um ligeiro tapinha nas costas."

SENTIR-SE AMADO - A psiquiatra Kathleen Keating, que escreveu o livro "A Terapia do Abraço", da Editora Pensamento, diz que a sociedade atual está sofrendo de solidão. "A tecnologia moderna é importante, mas todo ser humano precisa de carinho físico."

Para algumas pessoas, admitir que precisam de carinho é sinal de fraqueza e dependência, especialmente para os homens, aponta Kathleen. "Por outro lado, existe algo poderoso em nossos braços, mãos e dedos que faz alguém se sentir amado e cuidado com um simples abraço", declara.

De acordo com a psiquiatra, 5 milhões de transmissões nervosas são responsáveis pelas diferentes sensações do toque. "No contato, específicas terminações nervosas são ativadas e enviam a mensagem ao longo da espinha dorsal até o cérebro." Kathleen diz que existem muitos estudos sobre os benefícios do contato físico, mas provar que é essencial, poderoso e capaz de curar é como argumentar que respirar faz bem. "Há muita coisa no fenômeno do toque que não pode ser medido."

Disponível em:
http://br.news.yahoo.com/051013/25/ybzp.html
*

*

*
É que muita coisa precisa mudar...e só depende de nós!Todo gesto de amor sincero pode transformar.Então?!

Um abraço bem gostoso de aquecer o coração e um Feliz Natal!

Um comentário:

Marla de Queiroz disse...

Fiquei toda emocionada, Flor-de-Luz!!!!!!!!!!
Nosso abraço.
Te amo.